Dados levantados pela Comissão de Financiamento e Orçamento (Cofin) do Conselho Nacional de Saúde (CNS), divulgados pelo jornal O Globo nesta sexta-feira (27), mostram que o Ministério da Saúde não usou R$ 3,4 bilhões liberados na forma de crédito extraordinário em maio deste ano para o enfrentamento da pandemia da covid-19.
Segundo a publicação, a cifra "parada" no orçamento do Ministério da Saúde vem de duas medidas provisórias (MPs) de crédito emergencial editadas pelo governo e aprovadas posteriormente no Congresso. Além disso, outros R$ 74,7 milhões não podem mais ser usados porque três MPs perderam a validade sem que a pasta tenha empenhado todos os valores previstos nelas.
Fora os R$ 3,4 bilhões, o Ministério da Saúde tem outros cerca de R$ 2,2 bilhões não empenhados também vindos de MPs emergenciais relacionadas à vacina contra covid-19.
O total, portanto, é de R$ 5,6 bilhões, que corresponde a 12,8% dos créditos extraordinários liberados à pasta para a pandemia: R$ 44,2 bilhões. Procurado pelo jornal O Globo, o Ministério da Saúde não respondeu até a publicação deste texto.