A Universidade de Oxford anunciou, neste sábado (12), que retomou no Reino Unido os testes da vacina contra o coronavírus que está desenvolvendo em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Os estudos haviam sido interrompidos em todo o mundo, na terça-feira (8), após uma voluntária britânica ter apresentado uma "reação adversa".
Segundo nota divulgada pela universidade, foi realizado um processo de revisão e, de acordo com as recomendações de um comitê independente e do órgão regulador do Reino Unido, os testes poderão ser retomados.
"Globalmente, cerca de 18 mil pessoas receberam as vacinas do estudo como parte do ensaio. Em grandes ensaios como este, espera-se que alguns participantes não se sintam bem e todos os casos devem ser avaliados cuidadosamente para garantir uma avaliação cuidadosa da segurança", diz a nota.
A universidade não divulgou informações sobre o participante do estudo que apresentou reações adversas, mas destacou que está comprometida com a segurança dos voluntários e com "os mais altos padrões de conduta".
No Brasil, a retomada dos testes depende de liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após um pedido formal. O órgão afirmou, contudo, que não foi comunicado oficialmente pela autoridade sanitária britânica.
"Para que a reativação do estudo clínico ocorra no Brasil, a Anvisa espera receber nos próximos dias o peticionamento da empresa AstraZeneca (...) A Anvisa reitera que está comprometida com a celeridade na análise de todos os dados. Ao mesmo tempo, trabalha para garantir a segurança dos participantes do estudo clínico no Brasil", informou.
São cerca de 5 mil voluntários envolvidos no estudo no país. Já há, também, acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a AstraZeneca para que o imunizante seja produzido no Brasil após uma eventual aprovação.