O mundo registrou quase 2 milhões de casos de covid-19 na semana passada, um recorde. Em paralelo, o número de mortes diminuiu 10% em comparação com a semana precedente, segundo dados divulgados nesta terça-feira (22) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Todas as regiões do mundo, com exceção da África, registraram aumento de contágios entre 14 e 20 de setembro. Mais de 30,6 milhões de casos e 950 mil mortes foram registradas desde que a covid-19 foi detectada no fim do ano passado, na China.
"De 14 a 20 de setembro, registramos quase 2 milhões de novos casos de covid-19, o que representa um aumento de 6% na comparação com a semana precedente e o maior número de casos desde o início da epidemia. No mesmo período, o número de mortes diminuiu 10% e foram registrados 37,7 mil falecidos", afirmou a organização.
O número de casos positivos reflete apenas uma parte do total, devido às políticas díspares dos países no momento de diagnosticar a doença, pois alguns fazem testes apenas com pessoas que precisam de hospitalização. Além disso, em muitos países pobres a capacidade de organizar testes de diagnóstico é limitada.
Estados Unidos e Brasil continuam registrando os números mais elevados de vítimas fatais, com mais de 5 mil óbitos cada na semana passada.
O continente americano, que concentra metade dos casos registrados no mundo e 55% das mortes acumuladas desde dezembro, registrou, no entanto, uma queda de 22% no número de óbitos desde a semana passada, graças à redução em países como Colômbia, México, Equador e Bolívia.
Por regiões, a Europa, cenário de importantes novos focos, contabilizou 4 mil novas mortes e foi o continente com o maior aumento no número de óbitos (+27% na comparação com a semana anterior). O sudeste da Ásia, que registra 35% dos novos casos, contabilizou 9 mil mortes na semana passada e superou a marca de 100 mil vítimas fatais desde o início da pandemia.
Na África, a covid-19 parece perder força e na semana passada o continente registrou queda de 12% no número de casos e de 16% no número de mortes.