Duas empresas farmacêuticas chinesas exibiram pela primeira vez nesta segunda-feira (7), em uma feira comercial em Pequim, suas vacinas contra o coronavírus, no momento em que a China espera se afastar das críticas ocidentais por sua gestão no início da pandemia. As doses produzidas pelas empresas Sinovac Biotech e Sinopharm estão entre os projetos de vacinas mais avançados do mundo e geram grande expectativa.
A vacina da Sinovac, chamada CoronaVac, é a que está sendo testada no Rio Grande do Sul. Por meio de parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, e o Hospital São Lucas da PUCRS, a pesquisa conta com a participação de 852 voluntários em Porto Alegre, que receberam a segunda dose da imunização ou do placebo no final de agosto.
Em Pequim, um grande número de visitantes compareceu ao evento para observar os estandes de exibição. As vacinas estão em fase três, com testes em humanos, mas ainda não podem ser comercializadas.
As fabricantes esperam obter a aprovação das autoridades para disponibilizá-las ao mercado antes do fim do ano. Um funcionário da Sinovac afirmou que a empresa já "terminou de construir uma fábrica" capaz de produzir 300 milhões de doses por ano.
A China está no alvo de vários países ocidentais, começando pelos Estados Unidos, que acusam Pequim de reagir muito tarde após a descoberta do coronavírus na cidade chinesa de Wuhan em dezembro de 2019.
O desenvolvimento no país de uma ou mais vacinas contra a covid-19 permitiria a Pequim contra-atacar a imagem ruim.
