Porto Alegre atingiu o menor número de pacientes com coronavírus em unidades de terapia intensiva (UTIs) dos últimos 16 dias. Até às 15h desta quinta-feira (20), eram 309 internações. São 20 pacientes com a covid-19 a menos em relação a quarta-feira (19). A mesma quantidade foi registrada em 4 de agosto. É o quarto dia seguido de queda nesse tipo de internação.
A média móvel registrou queda (- 0,38%). Ficou em 331,42 na semana de 14 a 20 deste mês (comparação com o período de 7 a 13). Se a comparação for feita com a quinta-feira (13), quando havia 342 pacientes, a queda é de 9,64%.
Em relação à taxa geral de ocupação, incluindo internações por outros motivos além do coronavírus, o percentual está em 89,82%. São 732 pacientes para 833 leitos. Os hospitais Moinhos de Vento e da Restinga estão com 100% de ocupação. As instituições referência no tratamento de pacientes com a covid-19 estão com as seguintes ocupações: Conceição (94,67%), Clínicas (88,13%) e Santa Casa (86,01%).
O infectologista André Luiz Machado da Silva, que trabalha no Hospital Conceição, diz que essa redução nas UTIs de pacientes com a covid-19 tem relação direta com a diminuição das internações em leitos de enfermaria.
— O Hospital Conceição está com uma taxa de ocupação dos leitos de enfermaria em torno de 60%. É claro que essa taxa de ocupação em leitos de UTI ainda é muito delicada de se avaliar no sentido de que a doença está controlada — destaca o infectologista ao lembrar que a taxa de ocupação na UTI do Conceição segue elevada.
O médico diz que é preciso cautela neste momento ao analisar os dados, porque ainda são poucos os leitos de UTI disponíveis:
— Caso esses pacientes que estão internados precisem de UTI, não vai ter leito disponível para todo.
O diretor técnico da Santa Casa, Ricardo Kroef, diz que houve “uma estabilização com queda” nas internações de pacientes com a covid-19 no complexo.
— Isso é refletido também no comportamento do interior do Estado. Como quase 40% dos nossos pacientes são provenientes da Grande Porto Alegre e do Interior, acompanhamos essa tendência de queda — destaca o médico, ao ressaltar que é preciso aguardar mais alguns dias para avaliar a repercussão da flexibilização das atividades no Estado.