A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela chinesa Sinovac se mostrou eficaz e segura na segunda fase de testes clínicos a qual foi submetida. Divulgado em um site pré-print, ou seja, não revisado por pares e não publicado em revista científica, o artigo apresenta os resultados de centenas de voluntários.
Esse imunizante está na terceira etapa de testes, a última, com pesquisa sendo conduzida em 12 centros brasileiros, incluindo o Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, sob coordenação do Instituto Butantan.
Para realizar o estudo referido no artigo, foram admitidos 600 voluntários saudáveis, com idade entre 18 e 59 anos. Cada um deles recebeu duas doses do imunizante ou do placebo. De acordo com os pesquisadores, as doses apresentaram boa imunogenicidade, isto é, a capacidade de provocar uma resposta imune.
No que tange a segurança, os desenvolvedores observaram que as doses foram bem toleradas e sem relatos de problemas. A reação adversa mais relatada foi dor na região da aplicação. Na conclusão, os pesquisadores apontam que a vacina se demonstrou segura e eficaz nas duas dosagens que foram testadas.
Feita com o vírus inativado, a vacina chinesa está em sua terceira fase de testes clínicos, com estudo sendo realizado no Brasil. Coordenada pelo Instituto Butantan, de São Paulo, a pesquisa vai reunir 9 mil voluntários, todos profissionais da saúde, em 12 centros de todo o país.
No Rio Grande do Sul, o São Lucas iniciou no último sábado (8) as testagens, quando fez as primeiras aplicações. Serão 852 voluntários participando do estudo na Capital. Passado todo esse processo, estima-se que a pesquisa seja concluída em dezembro.
Caso a vacina seja aprovada, será realizada a transferência de tecnologia para o Butantan, que vai trabalhar na produção em escala do imunizante e no seu fornecimento pelo Sistema Único de Saúde.