Há mais de 160 estudos de vacinas contra o coronavírus em desenvolvimento em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 25 estão em estágio mais avançado de pesquisa, realizando testes em humanos.
Nos últimos dias, duas candidatas entraram na terceira etapa de ensaios clínicos – as vacinas produzidas pelas norte-americanas Moderna e Pfizer. Também se encontram nesta fase de estudo, a última antes de ser aprovada para uso pela população, caso comprovadas sua eficácia e segurança, outras quatro iniciativas.
Relembre, abaixo, cinco novidades dos últimos dias sobre a desejada imunização contra a covid-19:
Vacina chinesa
Após a largada dos testes em voluntários do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mais quatro centros brasileiros anunciaram, nesta quarta-feira (29), o início da aplicação da vacina produzida pela chinesa Sinovac. Entre quinta-feira (30) e sexta-feira (31), os ensaios clínicos serão realizados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, no HC da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, na Universidade Municipal de São Caetano do Sul e no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Feita em parceria com o Instituto Butantan, a pesquisa também ocorrerá no Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Nos próximos dias, será divulgada a data de início dos testes na instituição gaúcha.
Vacina russa
Na última terça-feira (28), o governo russo afirmou que deverá aprovar uma vacina até 10 de agosto. Desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, a substância será distribuída inicialmente a profissionais da saúde que atuam no combate à covid-19 e, depois, à população.
O comunicado, contudo, inquietou a comunidade científica. Isso porque, até o momento, a Rússia ainda não divulgou dados científicos sobre os testes, sendo impossível checar seus níveis de segurança e eficácia. Há a suspeita de que o país esteja pulando etapas do estudo.
Vacina de Oxford
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, disse que o governo federal encomendou 100 milhões de unidades da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. A substância está na terceira e última fase de testes.
Se a imunização se mostrar eficiente, o primeiro lote, com 15 milhões de doses, chegará ao Brasil em dezembro deste ano, segundo Medeiros. Depois, a segunda encomenda, também de 15 milhões de unidades, está prevista para janeiro de 2021. Mais 70 milhões de doses devem ser enviadas em lotes sequenciais a partir de março.
Vacina da Pfizer e da BioNTech
A alemã BioNTech e a norte-americana Pfizer anunciaram, na última segunda-feira (27), o início da terceira fase de testes em milhares de voluntários. Essa etapa da pesquisa será realizada em aproximadamente 120 locais, inclusive o Brasil, em até 30 mil participantes.
Se a substância apresentar bons resultados, as empresas comunicaram que submeterão a vacina para aprovação regulatória em outubro deste ano, dando início à produção de até 100 milhões de doses ainda em 2020.
Vacina da Moderna
Também na segunda-feira, a norte-americana Moderna comunicou a largada na terceira fase de testes em humanos. A empresa pretende incluir 30 mil pessoas nesse estágio da pesquisa, que teve início com um voluntário do Estado da Georgia, nos Estados Unidos.
Os testes serão realizados em cem centros espalhados pelos país e irão incluir pessoas de grupos de risco em caso de contaminação pelo coronavírus.
As mais promissoras
Confira, neste infográfico, as candidatas consideradas mais promissoras até o momento: