O governo do Rio Grande do Sul decidiu manter oito regiões gaúchas em bandeira vermelha, que determina maiores restrições na tentativa de diminuir o número de casos de coronavírus. O mapa, que classifica as localidades, foi divulgado nesta segunda-feira (27) após a análise de recursos.
Na sexta (24), no mapa preliminar, 14 regiões haviam ficado sob as maior restrições.
Seguem classificados como de alto risco os municípios de Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Caxias do Sul. As demais regiões do RS estão sob a cor laranja, de risco médio.
Abaixo, confira como reagiram os prefeitos de cada localidade.
Palmeira das Missões
O prefeito Eduardo Freire afirmou que esperava que o município pudesse voltar a cumprir medidas mais brandas da bandeira laranja devido à "melhora considerável" nos índices do município nas últimas semanas.
— Nós achamos que dessa vez iríamos voltar a bandeira laranja. Nas últimas duas semanas, passamos de um índice de 2.44 para 1.64. Foi uma melhora considerável. As internações em UTI tinham melhorado, o problema é que são poucos leitos específicos de covid — declarou.
Caxias do Sul
Conforme o prefeito Flávio Cassina, apesar de o município permanecer em bandeira vermelha, a pasta aguarda a resposta do governo do Estado em relação a um pedido feito pela Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), para que os prefeitos tenham autonomia para flexibilizar alguns setores, como a abertura de restaurantes.
— Nós temos um documento enviado ao governador, que envolve todos os municípios da nossa região, pedindo que houvesse a possibilidade de flexibilização em alguns casos, para que pudéssemos, mesmo em bandeira vermelha, adotar alguns critérios da bandeira laranja. Então nesse primeiro momento estamos trabalhando no comércio e nos restaurantes. Isso causaria um impacto muito grande na comunidade.
Porto Alegre
A administração da Capital não havia entrado com recurso contra a bandeira vermelha. O secretário extraordinário de Enfrentamento ao Coronavírus, Bruno Miragem, explicou que o município concorda com as medidas de restrição na tentativa de frear o coronavírus.
— As restrições que estabelecemos em Porto Alegre são distintas e mais rígidas do que a classificação do Estado, de acordo com nosso planejamento para redução do ritmo de contágio e ocupação de leitos de UTI.
Novo Hamburgo
Em nota, a prefeitura de Novo Hamburgo afirmou que vem "aumentando sistematicamente" a estrutura de saúde para atender a "crescente demanda de casos de coronavírus". O município, que não havia recorrido da bandeira vermelha, disse ainda que "segue cumprindo as determinações do sistema de distanciamento controlado" adotado pelo governo do Estado e que "observa uma sensível melhora em todos os indicadores na cidade".
"Após ampliar em 150% o número de leitos de UTI dedicados exclusivamente à covid (de 10 para 25) e de leitos clínicos e de estabilização (semelhantes à UTI), o Hospital Municipal segue ampliando a oferta de leitos, inclusive com a chegada de novos respiradores. São medidas que, com certeza, já salvaram dezenas de vidas e não permitiram que o sistema de saúde entrasse em colapso na cidade", diz em nota.
Canoas
O município havia decidido não recorrer da bandeira vermelha nesta semana, já que a restrição de circulação é positiva para a população nesse momento, segundo o secretário de Saúde de Canoas, Fernando Ritter.
— A gente entende que precisamos de pelo menos mais uma semana de restrições para diminuir os nossos índices. Vimos que com a bandeira vermelha diminuiu o índice de contaminação de pessoas, mas ele continua alto. Então entendemos que essa maior restrição nos ajuda nesse momento.
GaúchaZH tenta contato com as demais prefeituras.