Em entrevista ao programa Gaúcha+, a coordenadora das ações educativas de enfrentamento à covid-19 e professora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Viviane Alves, falou sobre a pesquisa desenvolvida que demonstrou o comportamento da saliva no ambiente e a eficácia do uso de máscaras.
O experimento foi gravado em câmera lenta e mostrou como o uso da máscara pode barrar o contágio, utilizando um voluntário e um boneco de manequim. Quando o distanciamento de dois metros e uso de máscaras era respeitado, não foram encontradas colônias de bactérias no manequim, porém, quando as recomendações não eram seguidas, bactérias foram observadas a olho nu na placa de coleta.
Viviane alerta que a máscara é um agente minimizador do risco de infecção por coronavírus, para pessoas que tenham ou não sintomas e que a higiene das mãos entre outros cuidados sanitários complementares para barrar o contágio.
Outro fator é o distanciamento. Segundo Viviane, o uso de máscara em aglomerações não impede a infecção pelos olhos, por exemplo.
— Só a máscara não resolve — destaca.
Sobre o uso correto, a professora ressaltou que é necessário cobrir a boca e no nariz, não baixar para o pescoço ou pendurar o adereço na orelha. Outro fator é o toque recorrente na máscara, que deve ser evitado. Após o uso, é necessário lavar antes do próximo uso. O procedimento indicado pela microbiologista é água e sabão, lavando por 15 minutos e secagem no sol. O uso ou não do ferro de passar é uma escolha pessoal.