O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (2) que os 40 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais e pacientes distribuídos para Estados e municípios irão cobrir a demanda por cerca de 20 dias. São máscaras, aventais, toucas hospitalares, sapatilhas, luvas para procedimentos não cirúrgicos e álcool comprados com recursos federais. As secretarias de Estado e municipais também estão adquirindo esses itens e, portanto, a previsão se refere ao conjunto distribuído pelo Ministério.
O Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, no entanto, não está conseguindo encontrar esses equipamentos no mercado. Com a falta de oferta, o governo do Estado concentra os recursos para a compra de itens para os leitos de UTI, além de kits para testagem de pacientes.
O ministro Luiz Henrique Mandetta tem afirmado que está com dificuldades de realizar compras na China, que produz para abastecer os Estados Unidos. Segundo Mandetta, o país asiático é responsável por 90% da produção mundial desses EPIs, principalmente de máscaras cirúrgicas. Nesta semana, fechou uma compra de 200 milhões de itens, o que deve sustentar o sistema por cerca de 60 dias, mas, por enquanto, não há garantia de entrega.
"Há uma demanda mundial por conta da pandemia, o que tem trazido escassez e dificuldades na produção e entrega desses insumos no cenário internacional, mesmo após a celebração de contratos", informou o Ministério em nota.
A escassez de produtos no mercado global levou Mandetta a apelar para que as pessoas permaneçam em isolamento social a fim de não sobrecarregar o sistema de saúde brasileiro. Ele afirmou que, neste momento, é a única ação possível de ser colocada em prática para reduzir a demanda por hospitais e, por consequência, por equipamentos.