O Hospital Mãe de Deus decidiu fechar o setor de emergência obstétrica. Em comunicado, a instituição afirma que vai focar nos partos e nos “serviços ambulatoriais como monitorização e avaliação do bem-estar fetal e curetagem”. O setor atendia pacientes com plano de saúde ou particular. Significa que a instituição vai trabalhar somente com partos agendados, por exemplo.
Conforme o hospital, a medida levou em consideração “a queda da taxa de fecundidade total da cidade e a manutenção de um serviço com segurança assistencial para as famílias”.
O Mãe de Deus afirma que a “maternidade permanece com a disponibilização de uma equipe assistencial de retaguarda, para o preparo da paciente até a chegada do médico assistente”. Também que “segue as premissas do Parto Adequado, projeto desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)”.
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul critica a decisão da instituição:
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) repudia o anúncio, feito pelo Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, de fechamento do serviço de emergência obstétrica. A entidade médica considera que esse é mais um ataque aos serviços de obstetrícia no Estado, que culmina em desassistência à população.
O Simers lamenta atitudes que excluem os serviços que são sinônimos de vida, principalmente neste momento em que a população está voltada à preservação da saúde e contra a pandemia do novo coronavírus.
O Simers vai atuar, a partir das demandas dos profissionais médicos envolvidos neste e em outros casos já alertados, sempre com o objetivo de promover a saúde e defender vidas.