O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), cogita prender as pessoas que fizerem aglomerações nas ruas do Estado nos próximos dias. Primeiro elas serão advertidas e orientadas, mas, se insistirem, poderão ser detidas pela Polícia Militar (PM).
— Eu queria poder evitar isso, as pessoas precisam ter consciência. Nós não estamos fazendo um plano de férias para que você fique em casa, é um programa de preservação da vida. Se não houver consciência das pessoas, seja na região de São Paulo ou qualquer outra região neste fim de semana, nós estamos monitorando isso pelos celulares. A partir de segunda-feira (13), o governo de São Paulo tomará medidas mais rigorosas, com a penalização de prisão para as pessoas que desobedecerem essa recomendação. Eu espero que a gente não chegue a esse patamar, mas se chegarmos, vamos fazer isso em defesa da vida — disse o governador ao SPTV, da Rede Globo.
O monitoramento do governo feito com dados de operadores telefônicas indica que menos da metade da população do Estado de São Paulo ficou em casa na última quarta-feira (8), menor índice desde que começou a quarentena.
Na segunda (6), Doria estendeu a quarentena em São Paulo até 22 de abril. Ao fazê-lo, o governador havia mencionado a possibilidade, mas não de forma assertiva.
Após aglomeração no último domingo (5), a Praça Pôr do Sol, na zona oeste de São Paulo, foi isolada pela prefeitura com tapumes nesta quinta-feira (9) para tentar frear o contágio pelo coronavírus.
O local é ponto de encontro de jovens e de famílias, que se reúnem para fazer piquenique, beber e praticar esportes na grama enquanto assistem ao sol se pôr, com vista privilegiada da capital paulista, no Alto de Pinheiros.
No último final de semana, mesmo com as recomendações de isolamento social, a praça estava cheia de pessoas próximas umas das outras e tinha até o rotineiro comércio ambulante.
De acordo com a prefeitura, sob gestão de Bruno Covas (PSDB), a medida de isolamento com tapumes é pontual e não se estende para outros locais da cidade.