Duas horas depois de informar que o país tinha 37 casos confirmados de coronavírus, o Ministério da Saúde atualizou o balanço da doença. Às 17h desta quarta-feira (11), a pasta informou que o número de pacientes contaminados subiu para 52. O ministério também divulgou que o país tem 907 casos suspeitos e outros 935 descartados.
O Estado com o maior número de pacientes segue sendo São Paulo, com 30 casos. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (13), Bahia (2), Rio Grande do Sul (2), Distrito Federal (2), Alagoas (1), Minas Gerais (1) e Espírito Santo (1).
O total de pessoas contaminadas no país, contudo, já é superior ao número contabilizado na lista oficial. Após o último balanço do ministério, o hospital Albert Einstein, em São Paulo, confirmou 16 novos pacientes de covid-19. Também houve mais um registro em Feira de Santana, na Bahia, um em Porto Alegre e um em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Por isso, o total de casos no país chega a 71.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que nada muda no Brasil com a declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o ministro, pessoas com sintomas que chegarem de outros continentes serão consideradas "casos suspeitos".
– Qualquer pessoa que chegue no Brasil neste momento com febre, tosse, gripe, já tem nexo para falar: "caso suspeito". Por quê? Porque veio de fora, de locais que têm transmissão sustentada. Já estávamos trabalhando com América, Europa, Ásia e Oceania. Só não estávamos ainda considerando os da América do Sul e África. Agora, são todos – disse.
De acordo com o ministro, o país passará a usar como critério para identificar casos a ocorrência de sintomas e o histórico de viagem internacional, além do contato com casos confirmados. Mandetta considera que a OMS demorou a reconhecer o cenário:
– Teimaram comigo. Falei: "é uma pandemia". Desde a semana passada, o Brasil já trata como pandemia. Se você tem uma transmissão sustentada em tantos países, como vou ficar procurando país por país, quem veio de onde? Há menos três semanas, isso já era impraticável pelos sistemas de saúde.