O Brasil tem 37 casos confirmados de coronavírus, 876 suspeitos 1.042 descartados, informou o Ministério da Saúde nesta quarta-feira (11). O ministro, Luiz Henrique Mandetta, divulgou o novo balanço da covid-19 no país em audiência no início da tarde na Câmara dos Deputados.
Até terça-feira (10), eram 34 casos confirmados. Entre os novos, um ocorreu no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro. Também houve um caso contabilizado no Distrito Federal, mas que ainda não entrou na lista do ministério.
Com a atualização, ao menos sete Estados e o Distrito Federal já têm registros da covid-19 no país. O maior número ocorre em São Paulo, onde há 19 pacientes até o momento. Também registram casos Rio de Janeiro (10), Bahia (2), Rio Grande do Sul (2), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1), Alagoas (1) e Distrito Federal (1).
No Rio Grande do Sul, os pacientes contaminados são de Campo Bom, no Vale do Sinos, e de Porto Alegre. No Estado, também há 53 suspeitas da doença.
Para Mandetta, nada muda no Brasil com a declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o ministro, pessoas com sintomas que chegarem de outros continentes serão consideradas "casos suspeitos".
– Qualquer pessoa que chegue no Brasil neste momento com febre, tosse, gripe, já tem nexo para falar: "caso suspeito". Por quê? Porque veio de fora, de locais que têm transmissão sustentada. Já estávamos trabalhando com América, Europa, Ásia e Oceania. Só não estávamos ainda considerando os da América do Sul e África. Agora, são todos – afirmou Mandetta.
De acordo com o ministro, com a declaração de pandemia, o país passará a usar como critério para identificar casos a ocorrência de sintomas e o histórico de viagem internacional, além do contato com casos confirmados. Mandetta considera que a OMS demorou a reconhecer o cenário:
– Teimaram comigo. Falei: "é uma pandemia". Desde a semana passada, o Brasil já trata como pandemia. Se você tem uma transmissão sustentada em tantos países, como vou ficar procurando país por país, quem veio de onde? Há menos três semanas, isso já era impraticável pelos sistemas de saúde.