O governo dos Estados Unidos anunciou que um paciente recebeu, nesta segunda-feira (16), a primeira dose de uma vacina experimental contra o coronavírus. A pesquisa é capitaneada pelo Kaiser Permanente Washington Health Research Institute, de Seattle, e envolve 45 voluntários jovens e saudáveis, segundo o jornal britânico The Guardian.
Desenvolvida pela empresa de biotecnologia Moderna e pelo National Institutes of Health (NIH), a vacina não contém o vírus. Por isso, os voluntários não podem ser contaminados. Normalmente, o medicamento apresenta o microrganismo "morto". Assim, estimula o corpo na criação de anticorpos.
Ao invés disso, a vacina da pesquisa utiliza engenharia genética, que aproveita as células do corpo para produzir pequenos pedaços de vírus que são, então, reconhecidos pelo sistema imunológicos.
A injeção carrega um trecho específico do RNA mensageiro, que construiria um receptor na superfície do vírus, permitido que o sistema imunológico o atinja.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins:
Em tese, esse RNA sintético programaria as células para produzir proteínas que acionariam o sistema imunológico para fazer frente à contaminação do microrganismo.
O objetivo da pesquisa é analisar se a vacina apresenta efeitos colaterais, preparando o cenário para estudos posteriores.
Porém, conforme afirmou ao The Guardian Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas do NIH, mesmo que os teste sejam positivos, uma vacina para uso generalizado só deve ser oferecida em um prazo de "um ano a um ano e meio".