Para tentar evitar que pessoas procurem atendimento em hospitais, o governo federal vai disponibilizar recursos a cidades com caso confirmado de coronavírus. A intenção é ampliar o horário de funcionamento das unidades básicas de saúde (UBSs).
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10) em Brasília, o Ministério da Saúde apresentou nova versão do programa Saúde na Hora. Serão oferecidos R$ 15 mil por posto de saúde para que o atendimento se expanda para entre 60 e 75 horas semanais (normalmente, são 40 horas). A União planeja gastar R$ 900 milhões em todo país para colocar em prática essa ajuda aos municípios.
Com isso, as UBSs poderão funcionar até as 22h ou nos finais de semana, permitindo que pacientes possam procurar auxílio médico após o horário comercial. Normalmente, o horário depende da cidade — em Campo Bom, por exemplo, onde foi registrado o primeiro caso da doença no Rio Grande do Sul e está apta a aderir ao programa, o atendimento vai até as 17h nas UBSs.
De acordo com o Ministério, a população terá mais flexibilidade no acesso aos serviços ofertados nas unidades de saúde da Atenção Primária, como consultas médicas e odontológicas, coleta de exames laboratoriais, aplicação de vacinas, consultas pré-natal, triagem neonatal, entre outros procedimentos. A adesão ao programa depende de solicitação do prefeito da cidade impactada por caso confirmado de coronavírus.
A Secretaria Estadual da Saúde confirmou nesta terça-feira (10) o primeiro caso de coronavírus no Rio Grande do Sul. No país, segundo o Ministério da Saúde, há 25 casos.
O governo também vai abrir, no dia 16 de março, as inscrições para chamar mais 5 mil médicos pelo programa Mais Médicos. Além de auxiliarem no atendimento de casos envolvendo o coronavírus, os profissionais estarão aptos a fazer o acolhimento de pacientes com outras doenças.
— A reposição de profissionais do Mais Médicos visa reforçar o atendimento nos postos de saúde, evitando a superlotação de hospitais e Unidade de Pronto Atendimento (UPAs) em um cenário de grande circulação do coronavírus no país. Os profissionais que aderirem ao programa, pelo novo edital, farão atendimento geral à população junto às equipes de Saúde da Família, principal porta de entrada do SUS — informou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.
A previsão é de que esses profissionais passem a atuar em três semanas.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins: