O diretor-superintendente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), André Cecchini, afirmou que a rede conta com estrutura própria para receber pacientes com suspeita de infecção por coronavírus. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, nesta sexta-feira (31), Cecchini informou que a instituição conta com um plano de ação para tratar tanto casos mais leves quanto os mais complexos.
— A gente está acompanhando de perto e já realizou um planejamento interno, que é um plano de contingência. A gente está preparado para receber desde um primeiro caso que aparecer, ou suspeita, até a evolução total para uma pandemia — disse.
Cecchini destacou que o paciente com suspeita de infecção poderá seguir o tratamento em casa, com isolamento próprio, quando o quadro for mais leve. Em casos mais graves, o grupo conta com áreas que podem ser transformadas em salas de isolamento específicas para o tratamento da doença — sem oferecer risco aos demais pacientes que estão na casa de saúde.
— Se o caso for mais grave e exigir um tratamento hospitalar, ele passa a ser internado e vai ser conduzido, dependendo o grau da doença que ele tem. Ele pode ficar internado em uma unidade simples, sem maior aporte, tão somente isolado dos demais pacientes, ou ele pode ser encaminhado para uma UTI, com ventilação mecânica, respirador. Tudo isso — explicou.
Cecchini afirmou que os profissionais da rede contam com treinamento e material de proteção específicos por agir nesse tipo de caso:
— As nossas equipes já estão sendo treinadas com esse tipo de EPI (Equipamento de Proteção Individual) para evitar contaminação do funcionário. Eles deverão usar aventais, luvas e máscaras específicas para lidar com o paciente suspeito ou diagnosticado com a doença.
O diretor-superintendente destaca que o GHC sempre contou com salas especiais de isolamento para doenças contagiosas, como sarampo e meningite, que podem ser usadas em um primeiro tratamento contra pacientes com suspeita de infecção por coronavírus. Caso a demanda aumente, áreas destinadas a pacientes gerais poderão ser transformadas em locais de isolamento específico.
— Lá tem um funcionário especializado, paramentado, para poder atender com segurança esse paciente. Isso vai depender da quantidade de pacientes que a gente vá receber. Pode ser um, pode ser 10. Então, a nossa emergência do Conceição vai se adaptando momento a momento. A gente vai fechando áreas, transformando espaços que já existem em áreas específicas para o tratamento do coronavírus.
Cecchini destacou que o coronavírus tem baixa letalidade, se comparado a outras doenças semelhantes. Segundo o diretor, o índice de mortalidade é de cerca de 2%, menor do que outras infecções. No entanto, o coronavírus apresenta grau elevado de contaminação.
O Grupo administra o Hospital Conceição — maior da rede —, o Hospital Fêmina, o Hospital Criança Conceição, o Hospital Cristo Redentor, postos de Saúde Comunitária e a Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar.