Camille Wegner
O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) dispensou das atividades 151 bolsistas incluídos no programa de bolsas de trabalho – benefício que trazia uma remuneração para os estudantes que atuavam na instituição. Parte deles foi liberada ainda no início deste mês. O restante, aproximadamente 90, sairá até 1º de novembro. A medida não tem, conforme a direção, relação com o contingenciamento de recursos do governo federal às universidades. A decisão se baseia, principalmente, na falta de autorização legal para fazer o pagamento do benefício aos estudantes.
Por meio de nota, a instituição afirma que “uma auditoria interna apontou que o orçamento do Husm - Ebserh não contempla a rubrica Assistência Estudantil, que incluiria a modalidade”. A diretora do Husm, Elaine Resener, explica que, desde o mês de maio, a instituição não renovava nem concedia novas bolsas de trabalho e que, após essa auditoria, constatou-se que não existe previsão legal para dar continuidade a essa modalidade de bolsas:
— É uma categoria, um tipo de despesa que nós não temos autorização para fazer enquanto gestor público. O Hospital Universitário não é uma unidade acadêmica. As unidades acadêmicas podem pagar assistência estudantil. Nós não podemos porque nosso recurso entra via Sistema Único de Saúde e, sendo assim, não temos autorização e rubrica para seguir este tipo de pagamento. A universidade pode, nós, enquanto hospital, não. O Husm é um grande campo de estágio, mas não é considerado um centro de ensino.
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