O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann, demonstrou preocupação com o anúncio do corte de verbas destinadas, pelo governo federal, às instituições federais do país.
— Preocupa a todos nós. Isso significa realmente a morte por inanição das instituições públicas do país — argumentou em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha, nesta segunda-feira (6).
Segundo o reitor, a universidade experimenta cortes orçamentários desde 2014. Os novos bloqueios inviabilizam projetos de crescimento e levam a instituição aos "seus limites".
Além disso, destacou que a própria comunidade perde com o corte de verbas. Como exemplo, citou os serviços prestados pelo Hospital Universitário da UFSM.
— É importante que se diga que nós temos a clara concepção de que a universidade não é para seus gestores (...), é para a sociedade. A partir, por exemplo, do nosso hospital universitário. Eu poderia dizer que é o único público da região, que atende a uma comunidade de mais de um milhão de pessoas. Isso tudo vai impactar lá na frente — defendeu.
Mesmo com as dificuldades perante ao novo cenário, Burmann disse que ainda há esperança e aposta no "bom senso" dos governantes para que o corte de verbas seja revisto.
Ouça a entrevista: