Após dois casos confirmados de meningite no Rio Grande do Sul — um em São Gabriel, com a morte de uma criança de dois anos, e um na Capital, que resultou na suspensão das aulas de um colégio — Sonia Thiesen, da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), afirmou que a doença é comum e não houve aumento de casos. Ela concedeu entrevista ao programa Gaúcha+.
— Causa bastante temor, mas é uma doença que ocorre em todas as épocas do ano. Não é uma novidade, não é uma doença que vai se espalhar ou causar surto.
Segundo ela, a suspensão das aulas do Colégio Estadual Piratini não foi, e nem seria, uma orientação da SMS. Sonia garante que a transmissão da doença não ocorre pelo ambiente, e sim através do contato íntimo.
— Todas as pessoas que tiveram contato com a paciente receberam medicação e, fora isso, a recomendação é evitar ambientes fechados, manter janelas abertas, não compartilhar garrafa de água, especialmente no inverno.
Ela também afirmou que, atualmente, há dezenas de casos da doença em Porto Alegre, mas todos monitorados e sob controle. A imunização contra a doença causada pela bactéria meningococo sorotipo C faz parte do calendário de vacinação infantil, com doses aos três e cinco meses, e reforço aos 12 meses. Além disso, também é disponibilizada para adolescentes entre 11 e 14 anos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacinas que previnem alguns tipos de meningite — existem virais, bacterianas e as que são causadas por fungos. O Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde pode ser consultado na internet (clique neste link).