O Rio Grande do Sul registrou o décimo caso de febre chikungunya em 2019. A confirmação foi feita no novo boletim epidemiológico divulgado na semana passada pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS).
O caso é de uma moradora de Porto Alegre que viajou para o Rio de Janeiro. Como a doença foi contraída fora do Estado, o caso é considerado importado. O início dos sintomas foi em junho, mas a confirmação da infecção só ocorreu recentemente. Dentre os 10 casos, também houve um autóctone — contraído em solo gaúcho — em Capela de Santana.
O número de casos de dengue também subiu, de 1.257 para 1.278, sendo 1.069 autóctones. O número de registros da doença é o maior desde 2017. No ano anterior, 2016, haviam sido confirmados 2.430 casos, sendo 2.155 contraídos no Estado.
Para a técnica do Programa de Arboviroses da Vigilância Epidemiológica, Cátia Favreto, chama a atenção o fato de as doenças ainda estarem sendo confirmadas no Estado.
— Não é comum para a época. A gente tem tido uma baixa (no número de casos), mas não o que se esperava. Acreditamos que seja por causa das semanas com temperaturas elevadas, registradas mesmo no inverno. Não deixa de ser um alerta, mesmo nos casos importados, porque as pessoas podem infectar outros moradores — alerta.
Atenção para os sintomas
Os sintomas da dengue incluem febre alta, dor no corpo, dores articular, de cabeça e atrás dos olhos, além de manchas pelo corpo em alguns casos. No caso da chikungunya, também há febre alta, dores pelo corpo e dor de cabeça moderada, mas também é comum que o paciente apresente pele e olhos avermelhados, além de dores nas juntas, náuseas e vômitos.
O método mais eficaz para evitar a contaminação é impedir a circulação do mosquito Aedes aegypti, que transmite as doenças. Ele se prolifera através de focos de água parada, onde deposita seus ovos.