Dos 140 postos de saúde da Capital, pelo menos 33 estão sem a vacina pentavalente, que previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B. A informação foi confirmada, nesta quarta-feira (11), pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre.
Em contato com o governo gaúcho, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que não tem como reabastecer os municípios que sofrem com a ausência da vacina após a suspensão da compra do produto pelo governo federal. Com isso, os repasses das doses mensais de agosto e setembro pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não foram realizados. A SES afirma que está acompanhando a situação, mas não tem a relação de municípios que enfrentam o problema.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a vacina pentavalente adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (APAS) foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por este motivo, as compras com o antigo fornecedor foram canceladas. Conforme o governo federal, o abastecimento da vacina está interrompido desde julho. A previsão é de que seja normalizado apenas a partir de novembro.
O país demanda cerca de 800 mil doses mensais da vacina, que são aplicadas nos bebês aos dois, quatro e seis meses de vida.
Pesquisa realizada por GaúchaZH, na manhã desta quarta-feira (11), em três clínicas particulares de Porto Alegre encontrou disponibilidade da vacina pentavalente. As doses variam entre R$ 220 a R$ 260.