Um navio de cruzeiro foi colocado em quarentena na ilha de Santa Lúcia, no Caribe, por suspeita de que um dos passageiros esteja com sarampo. A informação foi confirmada pela médica Merlene Fredericks-James, que afirmou, em um vídeo publicado no YouTube, que, após conversas com a Organização Pan-Americana de Saúde, chegou-se à conclusão de que essa era a medida mais prudente. As informações são da CNN.
A embarcação pertence à Igreja da Cientologia, que se negou a comentar o ocorrido com a CNN. No site da igreja, criada nos Estados Unidos, há uma nota sobre o cruzeiro que afirma que ele se trata de "um retiro religioso que ministra o nível mais avançado de aconselhamento espiritual na religião de Cientologia."
De acordo com Marlene, por hora, nenhum dos passageiros está autorizado a sair do navio.
Usar quarentenas para controlar surtos, mesmo que desconfortável, é uma importante opção de saúde pública, afirma Rebecca Katz, que dirige o Centro de Ciência e Segurança da Saúde Global da Universidade de Georgetown.
— A quarentena é uma palavra que as pessoas respondem muito fortemente, mas, na verdade, é uma das ferramentas mais fortes em questão de saúde pública — disse Katz. — Mas, por reduzir as liberdades civis, a maioria das autoridades de saúde pública é muito cautelosa em utilizá-lo.
O sarampo é uma doença contagiosa causada por um vírus que pode se espalhar pelo ar quando uma pessoa infectada tosse ou espirra ou se alguém entrar em contato direto ou compartilhar germes ao tocar nos mesmos objetos e superfícies. Os sintomas podem incluir febre, tosse, coriza, olhos lacrimejantes e uma erupção de manchas vermelhas.
De acordo com as autoridades sanitárias, os Estados Unidos alcançaram um novo recorde de sarampo: foram 704 casos registrados ao longo deste ano. É o maior índice desde que a doença foi considerada eliminada nos anos 2000.