Polêmica por conta da contrariedade de diversas entidades de medicina do país, a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que libera a realização de consultas, diagnósticos e outros procedimentos de saúde a distância tem causado opiniões contrárias entre profissionais da área.
De acordo com coordenador do serviço de telemedicina do Hospital Moinhos de Vento, Felipe Cabral, devido a grande extensão territorial do Brasil, há carência de médicos em pequenas cidades e no Interior. Sendo assim, para Cabral, ampliar o acesso da medicina para moradores dessas regiões, mesmo que a distância, é melhor do que privá-los de um atendimento médico.
— O importante é conseguir levar acesso e ampliar o atendimento ao paciente que está lá no interior do país — disse Cabral em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
A contrariedade dos conselhos regionais acerca da resolução, que pode fazer com que o CFM recue em relação às normas estabelecidas, é visto como negativo na concepção de Cabral. Para ele, a atitude pode prejudicar a evolução da medicina.
— Toda novidade que entra no mercado assusta, porque tira as pessoas da zona de conforto. E quando isso acontece, a primeira coisa que se faz é reclamar, colocar os pontos negativos na frente dos positivos — afirma.
Segundo o coordenador, o mais importante na telemedicina é a transportabilidade, o conhecimento técnico, além de uma proteção da proteção dos dados dos pacientes, possibilitando uma melhoria em atendimentos médicos.