A empresa Técnica Construções venceu a licitação para a reforma e ampliação do Postão 24 Horas, no centro de Caxias do Sul. O custo da obra será de R$ 637,5 mil. Agora, a vencedora tem cinco dias para apresentar documentação que é exigida na licitação. Depois, se tudo estiver certo, a prefeitura convocará a empresa para assinar o contrato, que terá duração de 317 dias.
O custo para as intervenções ficou abaixo do estimado pela prefeitura que era um investimento de até R$ 698 mil. A reforma tem o objetivo de transformar o Postão em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nível III e, com isso, buscar recursos para manutenção da estrutura junto aos governos federal e estadual. Hoje, o pronto atendimento é custeado apenas com verbas municipais.
Com a reforma, a sala de urgência será ampliada, uma rampa de acesso exclusivo de macas à sala de urgência será construída e serão criados dois quartos individuais de curta duração. Serão realizadas também adequações de piso, forro e instalações em geral, além de pintura.
Escalas dos profissionais
Em meio à licitação para definir a ampliação e reformas no prédio, o Postão também se tornou alvo de polêmica envolvendo as escalas de trabalho. A prefeitura promoveu a reorganização do trabalho dos profissionais, o que provocou as saídas dos coordenadores técnico e de enfermagem.
No último último dia 16, o pronto atendimento ficou sem pediatras. Embora a prefeitura tenha dito que se tratou de um problema pontual, já que os médicos não teriam comunicado que faltariam, a versão foi contestada pelo ex-diretor técnico Tiago Perinetto. Na semana passada, Leone Ferreira Pereira saiu da coordenação de enfermagem. Segundo ele, a nova escala reduziria 40%, em média, o número de profissionais.
A situação do Postão foi tema de reunião entre servidores e sindicato da categoria nesta semana. Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), Silvana Piroli, existe uma tentativa de dialogar sobre as escalas com a administração municipal. Por isso, ela aguarda o agendamento de uma reunião com a secretária de Recursos Humanos, Vangelisa Lorandi.
Mesmo com a saída dos coordenadores, a prefeitura garante que há profissionais suficientes para garantir o atendimento no Postão. Porém, a presidente do Sindiserv discorda. Segundo ela, houve aposentadorias no ano passado sem reposição dos servidores. Ela afirma que isso gera insegurança no trabalho. Outra reclamação é a demora na disponibilização das escalas de trabalho, o que dificulta a organização pessoal dos servidores.