Em 2014, Matheus Barros, hoje com sete anos, morador do bairro Mathias Velho, em Canoas, sofreu um afogamento que lhe causou paralisia cerebral. Hoje, a família se mobiliza para arrecadar R$ 60 mil e pagar um tratamento com células-tronco para o menino na Tailândia.
— É uma batalha — diz a mãe de Matheus, a atendente Denise Barros, 38 anos.
A esperança é que a intervenção traga uma melhora nas funções que foram afetadas pelo acidente. A cirurgia será feita no Hospital Beike, na capital tailandesa, Bangkok.
Segundo o hospital, benefícios poderão ser percebidos na capacidade motora, na coordenação e na visão, além da força muscular, da deglutição e da fala. Porém, os resultados não são garantidos e variam entre os pacientes. Para Denise, porém, isso não importa.
— Pelo Matheus, tudo vale a pena — afirma.
Alternativa
Em matéria publicada no Diário em 2016, Matheus aguardava por um tratamento gratuito nos Estados Unidos. Ficariam a cargo da família passagens e hospedagem durante os três meses de acompanhamento.
— Conhecemos muita gente boa, o Matheus foi abraçado. Quase mil pessoas foram àquele galeto — conta a mãe.
Após levantar os valores através da venda de cucas, de galetos e de brechós, parecia que, enfim, o menino teria acesso ao tratamento com células-tronco. Matheus havia passado por uma seleção e ficou entre os 135 selecionados. Mas teve uma pneumonia em agosto do mesmo ano e foi desclassificado para o estudo.
Mas a família não esmoreceu. Por conta própria, procurou pela internet outras opções para conseguir o tratamento. E encontrou uma saída. A alternativa surgia no continente asiático.
A família vendeu o carro e pretende se desfazer da própria casa, conta a mãe. Os familiares sempre apoiam muito.
Acidente aconteceu em piscina
Matheus tinha três anos quando caiu em uma piscina e ficou desacordado. Com uma parte do cérebro afetada pela falta de oxigênio, ficou por 22 dias na UTI do Hospital da Ulbra, segundo a mãe.
— Disseram que ele poderia ficar em estado vegetativo — conta Denise.
No entanto, o quadro de Matheus melhorou, ele voltou a abrir os olhos — ainda que sua visão esteja comprometida — e, após 30 dias internado, retornou para casa. A mãe, à época da internação estava grávida de sete meses de Isabele, irmã do garoto (hoje com quatro anos) e deu à luz no mesmo hospital onde o menino se recuperava.
Desde então, a família luta por Matheus, organizando eventos beneficentes e contando com o apoio da comunidade do bairro Mathias Velho.
— Ele tá bem hoje com a ajuda de Deus e de todo mundo — diz a mãe.
Saiba como ajudar
— Um galeto solidário acontecerá no dia 22 de setembro, às 20h, no CTG Raízes da Tradição (Rua Engenheiro Kindker, 991, bairro Harmonia), em Canoas. O valor é R$ 20.
— A família aceita doações de roupas, brinquedos e livros, que serão utilizados em um brechó e um brique beneficentes.
— Podem ser feitas, ainda, doações na Caixa, na conta 00010189-1, agência 3452, operação 013, em nome de Matheus Barros M Silva.