Ver o mundo sem diferenciar o vermelho do verde ou o amarelo do azul pode ser um desafio e tanto. Pois é assim que um daltônico precisa se virar para escolher suas roupas, ler os sinais de trânsito ou assistir a um filme.
O que é
Mais comum em homens, o distúrbio afeta a percepção visual dos cones oculares – células localizadas na retina e responsáveis pela percepção das cores.
Como surge
Congênito
Na maioria dos casos, a pessoa já nasce daltônica. Trata-se de uma predisposição genética passada de pai para filho.
Adquirido
Muito raro, o daltonismo adquirido é causado por alguma doença que atinge o nervo óptico ou pela degeneração macular associada à idade.
Como identificar
O método mais utilizado é o teste de Ishihara. São placas com um número colorido ao centro. Devido à dificuldade de diferenciar as cores, o daltônico não consegue enxergar o numeral representado.
Quais as dificuldades de uma pessoa que tem o distúrbio?
O indivíduo não pode exercer determinadas profissões como piloto de avião, motorista ou engenheiro elétrico. Combinar peças de roupa e objetos também se torna um desafio quando se é daltônico.
Tem cura?
Não. A pessoa daltônica precisa ser reeducada para diferenciar os tons das cores de acordo com o que ela consegue enxergar.
Piora com o tempo?
Não. Uma pessoa que nasce daltônica terá o mesmo grau de daltonismo ao longo da vida.
Por que é mais comum em homens?
O distúrbio afeta apenas o gene X dos cromossomos. Os homens apresentam a combinação XY em seu DNA, já as mulheres, XX. Para que o daltonismo se manifeste no sexo feminino, ele teria que afetar os dois cromossomos, o que é muito raro.
Fontes: Diane Ruschel Marinho, chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e Marcela Fabiana Bordaberry, responsável pelo setor de Neuroftalmologia do Hospital Banco de Olhos.