De acordo com um novo estudo publicado no periódico médico Nephrology Dialysis Transplantation, consumir mais cafeína pode ajudar a reduzir o risco de morte para pessoas que sofrem de doença renal crônica.
Outras pesquisas já fizeram relações entre consumo de café e índices de mortalidade. No entanto, a associação entre o consumo de café com a doença renal crônica permanece incerta. Durante o estudo, os pesquisadores constataram que a cafeína pode estar associada ao menor índice de mortalidade entre pessoas com doença renal crônica que consomem café com frequência.
O estudo envolveu dados de 4.863 americanos observados entre 1999 e 2010. Ao comparar pessoas que consumiram muito café com pessoas que não consumiram tanto, foi possível observar uma redução de 25% no índice de mortalidade das pessoas que consumiram quantidades maiores do líquido durante um acompanhamento médio de 60 meses.
"Nosso estudo mostrou um efeito protetor do consumo de cafeína entre pacientes com doença renal crônica. A redução na mortalidade estava presente mesmo depois de considerar outros fatores importantes como idade, sexo, raça, tabagismo, outras doenças e dieta. Estes resultados sugerem que aconselhar pacientes com doença renal a beber mais cafeína pode reduzir sua mortalidade, o que representaria uma opção simples, clinicamente benéfica e barata, embora esse benefício deva ser idealmente confirmado em um estudo clínico randomizado", afirma Miguel Bigotte Vieira, um dos autores do estudo.
Vieira ainda enfatizou que este estudo observacional não é capaz de provar que a cafeína reduz o risco de morte em pacientes com doença renal crônica, apenas sugere a possibilidade de que o efeito protetor possa existir.