Servidores da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas em Sapucaia do Sul promoveram um ato, na tarde desta sexta-feira (12), contra o atraso no pagamento do salário de dezembro e da segunda parcela do 13º. Os funcionários suspenderam o atendimento das 11h às 14h, e fizeram uma caminhada na RS-118. O trabalho só foi retomado depois de uma reunião entre os profissionais e a gestão da casa de saúde.
De acordo com Leandro Barcellos, diretor-geral interino da Fundação Hospital Getúlio Vargas, que administra a instituição, o atraso nos vencimentos está relacionado à falta de repasses por parte da Secretaria Estadual da Saúde.
— O governo do Estado tem uma dívida de R$ 12 milhões com o hospital. A última vez que recebemos recursos foi referente à competência do mês de setembro de 2017. Ainda temos para receber os meses de outubro, novembro e dezembro — detalha.
Conforme Barcellos, o contrato prevê o repasse mensal de R$ 3,8 milhões. Em contrapartida, o Getúlio Vargas garante 175 leitos pelo Sistema Único de Saúde.
— Os valores oriundos do Ministério da Saúde e da prefeitura de Sapucaia do Sul estão em dia. Mas nossa principal fonte de receita é o governo do Estado, já que atendemos pacientes de várias cidades da região — afirma.
Nesta sexta, o Piratini depositou na conta da instituição cerca de R$ 98 mil.
— Esse valor não representa 3% do valor mensal a que temos direito — reclama o diretor-geral.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, a pasta repassou um total de R$ 50,6 milhões para o pagamento dos incentivos estaduais aos hospitais nesta quinta-feira (11). “Foram beneficiadas 169 instituições que receberam valores correspondentes às competências de agosto, setembro e outubro de 2017”, afirma a nota.