O impacto da chuvarada, agravado por limitações no sistema de drenagem da Capital, voltou a encher de água bairros da Zona Norte afetados pela enchente de maio como Sarandi, Vila Farrapos e Humaitá.
No Sarandi, na região da Vila Nova Brasília, diversos pontos ficaram alagados. Em algumas ruas, a água chegou na altura do joelho de algumas pessoas. A Rua Aderbal Rocha de Fraga, que fica ao lado do dique, registrou acúmulo expressivo de água.
Segundo moradores, o sistema de esgoto pluvial não estava dando conta de escoar a água. Apesar disso, não houve registro de casas atingidas.
Ao meio-dia, a reportagem de Zero Hora foi até a Estação de Bombeamento de Água 10, responsável por atender a região, que estava em funcionamento. Operários limpavam as grades para evitar obstruções.
Cerca de 20 minutos depois, já era possível perceber o recuo da água. No mesmo horário, também não havia mais alagamento na Rua Zeferino Dias com a Avenida Sarandi, parcialmente bloqueada mais cedo por conta do alagamento.
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) descarta a possibilidade de uma nova enchente, mesmo com a intensa chuva registrada nas últimas horas.
Na avaliação do Dmae, o problema dos alagamentos registrados não passa por entupimentos, obstrução dos bueiros, redes quebradas ou necessidade de jateamento em algum ponto.
— É decorrente da insuficiência do sistema como um todo. E para (resolver) isso, (a cidade) precisa de obras vultosas e com recursos bastante altos. A gente fala que a macrodrenagem da cidade custa R$ 5 bilhões para ela funcionar dentro dos parâmetros. Esta é a realidade — detalha Nunes.
O Dmae afirma que os problemas se concentram nas partes mais baixas, que dependem do trabalho das casas de bombas. Nesses locais, haverá mais acúmulo de água.