O relatório de atendimento do Corpo de Bombeiros entregue a Polícia Civil sobre o incêndio de grandes proporções que atingiu a vegetação do Morro Santana, na zona leste de Porto Alegre, na tarde de 3 de julho, não apontou crime. No entanto, as autoridades ainda não sabem o que teria causado as chamas.
O fogo foi percebido pelos moradores próximos por volta das 15h daquela quarta-feira. As chamas e a fumaça eram vistas de vários pontos da cidade.
Moradores da região, principalmente da Rua Gildo de Freitas, iniciaram os combates até a chegada dos bombeiros. O fogo só foi extinto pouco antes da meia-noite.
A Delegacia do Meio Ambiente afirma que, caso cheguem indícios de ato criminoso, haverá investigação. Por ora, conforme a delegada Samieh Saleh, não há nada que indique um crime.
— Não há qualquer informação no relatório dos bombeiros com relação ao motivo. Se chegarem novas informações, com indícios, investigaremos — disse a delegada.
Apesar de o relatório não apontar um ato criminoso, o comandante do 1º Batalhão de Bombeiros Militar, tenente-coronel Lúcio Júnior Lemes da Silva, afirma que o fogo pode ter sido em decorrência de alguma ação humana, não proposital.
— O relatório não apontou indício de crime, porque, de fato, não se constatou nada nesse sentido. Muito provavelmente, decorreu da ação humana, mas não necessariamente de um incêndio doloso e criminoso — disse.
O Instituto Geral de Perícias (IGP), não foi acionado. O órgão só atua em incêndios caso a autoridade policial suspeite de crime, causado de forma proposital, ou em decorrência de algum outro crime ambiental.
Cinco caminhões dos bombeiros atenderam a ocorrência. Foi contabilizado dano em 28,87 hectares, o equivalente a quase 29 campos de futebol.
A Defesa Civil de Porto Alegre auxiliou os moradores que poderiam ter a casa atingida. Não houve danos em residências e nenhum morador necessitou deixar a região.