Nenhum dos oito cavalos que não tiveram os tutores localizados após serem resgatados na enchente encontrou um novo dono até o momento. Os animais estão disponíveis para adoção no abrigo da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), no bairro Lami, em Porto Alegre, mais de dois meses após a cheia que atingiu a cidade. Porém, nesta semana, começaram a surgir interessados.
Ao todo, foram 35 equinos e três búfalos recolhidos pela EPTC durante a tragédia climática. Como os antigos proprietários não reivindicaram a devolução dos oito até a última terça-feira (16), dentro do prazo firmado com o Ministério Público em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), eles foram disponibilizados para novas famílias.
Cinco possíveis adotantes foram cadastrados e têm visita agendada ao abrigo na próxima semana. Além dos oito cavalos da enchente, eles poderão conhecer outros oito animais disponíveis no local. Se desejarem e cumprirem todos os requisitos, o processo terá andamento.
Para adotar, entre os critérios estabelecidos, é necessário ter mais de 18 anos, possuir um local adequado para manter o animal em boas condições, com dois hectares de área por cavalo, e se candidatar por meio da carta de serviços da prefeitura. O contato também pode ser feito pelo telefone (51) 98131-1846.
Moradores de Porto Alegre, Alvorada, Barra do Ribeiro e Cachoeirinha não podem se credenciar. Segundo a EPTC, isso ocorre em razão da grande quantidade de cavalos atualmente nas cidades.
Os equinos também são acompanhados periodicamente, a cada seis meses. Se a adoção ocorrer em até 80 quilômetros de Porto Alegre, a supervisão é realizada pela EPTC. Passando dessa distância, quem monitora é a Brigada Militar, que repassa as informações.
Não é permitido submeter os cavalos a qualquer tipo de trabalho, especialmente os de tração, como puxar carroças, charretes e arados, além de ser proibido usá-los em práticas esportivas, como saltos e corridas.
Caso não sejam adotados, eles permanecem sob os cuidados do abrigo por tempo indeterminado. Se solicitarem, os antigos proprietários ainda podem conseguir a devolução, desde que não sejam comprovados maus-tratos.