Fechado desde o início da enchente em Porto Alegre, em 3 de maio, o Cais Embarcadero ainda não tem data para reabrir ao público. Hoje, o cenário no local é de escombros, entulhos, mesas e cadeiras reviradas, lama e lixo. Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira (3), Fabiana Marcon, superintendente do local, não estabeleceu um prazo, mas disse que estima que seja feito ainda neste ano.
— A gente não tem como dar prazo ainda, porque tem variáveis que a gente não tem as respostas. Então, seria leviano dar um prazo, mas eu apostaria neste ano para a gente estar aberto, comemorando. No mínimo, em alguns meses — afirmou Fabiana.
Apesar de não conseguir acessar todas as áreas do Cais, que estão cobertas por água e destroços, levantamento preliminar calcula que os prejuízos girem em torno de 11 milhões. As perdas dos lojistas, no entanto, ainda não foram contabilizadas.
— Reconstruir o Cais Embarcadeiro não é só recolocar de pé um hub de entretenimento, é trazer de volta para os gaúchos, para Porto Alegre e para o Estado do Rio Grande do Sul, o maior símbolo de modernização que a gente teve na cidade — disse Fabiana.
Questionada sobre a possibilidade de construção de uma estrutura antienchente para o futuro, Fabiana ressalta que não tem como se proteger das águas, e sim diminuir os danos. Cita a troca de materiais, a elevação de pisos, a troca de equipamentos e a instalação de portas maiores para que os lojistas possam retirar aparelhos numa possível cheia do Guaíba.
— A gente não tem muito como precaver porque está na beira do Guaíba. Então, não há nenhum sistema de bombas, por exemplo, que possa nos proteger, mas a gente tem, sim, uma série de planos de não evitar a enchente, porque a gente não tem como fazer isso estando na beira do rio, mas de evitar os danos — concluiu.