O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) divulgou atualização sobre a retomada de operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Moinhos de Vento, na área central de Porto Alegre. O diretor-geral do órgão, Mauricio Loss, projeta reativação da unidade nesta terça-feira (14) e restabelecimento do sistema de abastecimento no dia seguinte. No entanto, a confirmação dessa previsão depende de fatores como volume de chuva, nível da água do Guaíba e funcionamento dos motores da estação, segundo a prefeitura. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa, realizada na tarde desta segunda-feira (13).
Loss estima retomada da operação dos motores da estação entre a madrugada e a manhã desta terça-feira. Se o maquinário estiver em boas condições, o restabelecimento do abastecimento pode ocorrer na quarta-feira, segundo o diretor-geral:
— Iniciado o sistema de bombeamento, a água chega até a estação de tratamento, que está completamente seca e há tantos dias parada. Precisamos encher os tanques de decantação, reservatórios e começar a tratar essa água, começar a botar água no sistema, encher todo o sistema até que chegue para a população. Isso deve ocorrer então, iniciada a produção amanhã (terça-feira), até a noite de quarta-feira para que a gente consiga restabelecer o sistema.
Tanto Loss quanto o prefeito Sebastião Melo fizeram questão de reforçar que isso é uma estimativa. É necessário ligar e testar os motores antes de fazer uma previsão mais certeira sobre o início da volta da água nas torneiras da população. Segundo Melo, cravar datas antes desse processo pode criar falsa expectativa.
— Estamos trabalhando fortemente para fazer os motores funcionarem amanhã (terça-feira). O motor, como foi molhado, pode ligar, desligar ou funcionar parcialmente. Se der tudo certo e o motor funcionar, vamos começar a tratar água por etapas. Você processa, trata a água e chega na torneira um pouco depois — explicou Melo.
O caminho da água
A ETA Moinhos de Vento está fora de operação em razão de alagamento na unidade de bombeamento do complexo, que impediu o envio do volume captado para tratamento. O serviço para tentar religar a ETA Moinhos de Vento é complexo.
Equipes do Dmae atuam nos últimos dias para drenar água do local de bombeamento, que é mais baixo, revisar equipamentos e realizar troca de componentes. Assim que for possível ativar a captação, é possível levar água para tratamento na ETA, que chega às torneiras da população na sequência, como explicou o diretor-geral do departamento.
Locais atendidos
A ETA Moinhos de Vento abastece cerca de 150 mil unidades, percorrendo partes de bairros como Moinhos de Vento, Bom Fim, Azenha, Centro Histórico, Cidade Baixa, Praia de Belas, Rio Branco e Auxiliadora.
Dentro desse guarda-chuva estão instituições de primeira necessidade importantes, como os hospitais Fêmina, HPS, Moinhos de Vento e Santa Casa, e outros órgãos públicos. Para amenizar o problema para parte desses locais, foi realizada uma manobra para garantir o abastecimento de água.
Apenas as ETAs Moinhos de Vento e das Ilhas estão fora de operação. As estações de tratamento de água Belém Novo, São João, Tristeza e Menino Deus seguem funcionando com capacidade reduzida.
Casas de bombas
Nesta segunda-feira, o Dmae consegui retomar parcialmente a operação em uma mais uma casa de bombas. Um dos motores da Estação de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) 16, na Rótula das Cuias, foi religado durante a tarde. Essa unidade era uma das prioridades do órgão, porque ajuda no desafogo de partes dos bairros Menino Deus e Cidade Baixa.
Com isso, oito das 23 casas de bombas da Capital estão funcionando neste momento. Além da 16, as Ebaps 7 (que protege as regiões de Santa Maria Goretti e Vila Sesi), 11A e 11B (que protegem o Hipódromo e a Vila Hípica), 12 (Avenida Padre Cacique), 14 (Azenha), 15 (Avenida Ipiranga, entre a Getúlio Vargas e a Érico Veríssimo) e 19 (Vila Planetário) estão operando.
O Dmae também tenta restabelecer o funcionamento das casas de bombas de número 5 (Humaitá, Vila Farrapos) e 6 (bairro Anchieta, incluindo o Aeroporto).