A CEEE Equatorial descumpriu o prazo para a entrega à polícia dos documentos sobre caso do menino de 11 anos que foi eletrocutado em Viamão em 22 de março. A concessionária tinha até esta sexta-feira (12) para entregar informações e protocolos de atendimento relacionados à ocorrência.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Alexandre Fleck, o andamento do inquérito depende do envio desses materiais. A CEEE Equatorial será cobrada pela polícia, a respeito do descumprimento do pedido, na segunda-feira (15). A prefeitura de Viamão, na Região Metropolitana, fez o envio de alguns documentos, que serão analisados.
Em nota enviada à reportagem de GZH na manhã deste sábado (13), a CEEE Equatorial informou que, em virtude do volume de informações solicitadas pela Delegacia de Polícia que apura as circunstâncias do óbito, solicitou ao delegado um prazo adicional de 15 dias para a entrega de documentos e das informações técnicas específicas do acidente.
De acordo com a empresa, esse pedido foi deferido pela autoridade policial em 3 de abril. "Assim, ainda há prazo em curso para que as informações sejam tempestivamente prestadas, ao contrário do noticiado na matéria", afirma o texto.
A nota reitera ainda que a concessionária colaborará com as investigações do acidente e que "que prestará todas as informações necessárias, dentro do prazo concedido".
O delegado ressalta, contudo, que o prazo de 15 dias passou a contar a partir de 28 de março, data em que a CEEE Equatorial fez a solicitação. Dessa forma, considera que o tempo para retorno terminou na sexta-feira (12).
O caso
Marcelo Henrique Lopes Rosa morreu na tarde de 22 de março após encostar em uma fiação caída de um poste de luz enquanto brincava com o irmão. O menino chegou a ser levado à Unidade de Pronto Atendimento, mas morreu durante o atendimento.
Os familiares informaram que a empresa ajudou com os gastos com o funeral do menino. Em um primeiro momento, eles rejeitaram um acordo proposto pelo Grupo Equatorial, que ofereceu indenização de R$ 200 mil reais de forma parcelada.
Nesta sexta, em conversa com a equipe de reportagem, um dos advogados de defesa da família, Eduardo Pinto de Carvalho, disse que um outro acordo está bem encaminhado junto ao departamento jurídico da concessionária. A assinatura estaria prevista para ocorrer na próxima segunda. No entanto, os termos não chegaram a ser divulgados até o momento.