A família do menino Marcelo Henrique Lopes Rosa, 11 anos, que morreu ao encostar em fios energizados da CEEE Equatorial no dia 22 de março, rejeitou, por meio de seus advogados, a proposta de acordo da empresa.
O jurídico da empresa procurou os representantes da família no dia 2 de abril, propondo o pagamento de indenização. Após duas reuniões, o Grupo Equatorial formalizou um pedido de acordo, oferecendo indenização R$ 200 mil de forma parcelada.
A proposta foi rejeitada, conforme os advogados que representam a família do menino, Eduardo Pinto de Carvalho e André Nunes Pacheco, pois em casos similares há pagamento de pensão, além da indenização material e dano moral.
— Aguardamos até as 18h da última sexta-feira (dia 5) a manifestação da CEEE Equatorial, sendo que em razão do silêncio decidimos entrar na Justiça pedindo a indenização — afirmou Carvalho.
Não foi definido um valor desejado pela família. Conforme Carvalho, o juiz é quem define valores tanto da indenização quanto da pensão, que seria paga até a expectativa de vida, hoje prevista em 75 anos.
Investigação
O delegado Alexandre Fleck, da 2° Delegacia de Polícia de Viamão, aguarda documentos e protocolos de atendimento da CEEE Eaquatorial. O prazo se encerra na próxima sexta-feira (12).
Em relação aos laudos, o da necropsia já foi entregue e, conforme o delegado, confirmou que a eletricidade entrou pela mão do menino, o que sugere que ele foi eletrocutado ao segurar o fio. A perícia do local o acidente ainda não ficou pronta.
Contraponto
Procurada, a CEEE Equatorial enviou nota. Leia a íntegra:
A CEEE Equatorial informa que ainda não foi citada no processo tratado pela reportagem e informa que irá se manifestar apenas em juízo. A empresa lamenta o ocorrido e segue acompanhando e prestando todo apoio necessário às investigações perante o órgão competente.