De janeiro para fevereiro, a cesta básica de Porto Alegre ficou R$ 5,65 mais cara. Valor que não parece significativo, mas daria para garantir mais um quilo de arroz ou de açúcar ou uma caixa de leite. A alta do último mês foi de 0,71% em relação a janeiro, passando a custar R$ 796,81. Os dados constam no levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicado nesta quinta-feira (7).
Conforme o documento, 11 dos 13 itens pesquisados na Capital registraram elevação, com destaque para arroz, banana e feijão. Entre as quedas, o destaque fica com o tomate, que caiu 10,04%.
O preço médio do arroz, alimento presente no prato do brasileiro diariamente, teve alta de 6,63% e, segundo o departamento, "o movimento de compra e venda do grão bruto se diferenciou nas várias regiões do país". Com isso, "em alguns lugares, a demanda aquecida elevou o preço comercializado e, em outros, houve redução nas cotações".
Em segundo lugar entre as altas, a banana teve acréscimo de 6,17% no preço e registrou alta em 16 das 17 capitais pesquisadas. O levantamento abrange dois tipos da fruta: prata e nanica. Para o departamento, "com menor nível de oferta dos dois tipos da fruta, o preço no varejo subiu".
O feijão subiu em todas capitais pesquisadas e, conforme o relatório do Dieese, o crescimento da demanda é a razão do aumento de preço no varejo. Em Porto Alegre, o acréscimo no alimento foi de 4,26%. O departamento ainda explica que "oferta do grão preto ficou limitada devido à quebra de safra no Paraná e a do feijão carioca, por causa do clima adverso para colheita".
Apenas dois produtos tiveram queda: o tomate e o óleo. O destaque fica com a queda no preço médio do tomate, visto que a fruta, por meses consecutivos, registrou aumento. No entanto, o item ainda lidera as altas em 12 meses, com variação de 54,18%.
A terceira mais cara do país
De acordo com o levantamento, o valor da cesta básica de Porto Alegre de fevereiro representa 61,01% do salário mínimo atual, de R$ 1.412. A Capital ficou em terceiro lugar entre as 17 pesquisadas pelo Dieese. Rio de Janeiro e São Paulo lideram, respectivamente. Já a cesta mais barata é a de Aracaju, capital do Sergipe, com o custo de R$ 534,40.
A pesquisa ainda busca mostrar qual seria o salário mínimo necessário para o sustento de uma família brasileira. Em fevereiro, o valor ficou em R$ 6.996,36, ou 4,95 vezes o mínimo.