A investigação sobre a explosão registrada em um condomínio do bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre, está prestes a ser concluída. Uma etapa considerada fundamental para o desfecho foi superada: a Polícia Civil já recebeu o laudo emitido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O documento está sendo analisado pelo delegado Cleiton Silvestre Munhoz de Freitas, responsável pelo caso, que preferiu não conceder entrevista neste momento.
A expectativa do titular da 18ª Delegacia de Polícia Civil é de que a investigação seja concluída em aproximadamente 10 dias. Nesse período, mais pessoas devem ser ouvidas, incluindo representantes do Ministério Público (MP), que tem atuado desde o episódio junto aos moradores.
A ocorrência completará um mês no próximo domingo (04).
A explosão por vazamento de gás ocorreu durante a madrugada de uma quinta-feira no Condomínio Alto São Francisco. Uma pessoa morreu e outras ficaram feridas na ocorrência. As causas ainda estão sendo investigadas.
De acordo com o MP, apenas no momento em que houver a conclusão da investigação será possível apontar a eventual responsabilidade de alguém, que terá o dever de indenizar os moradores tanto perdas materiais quanto pelos danos morais, o que inclui sofrimento emocional.
Após o episódio um grupo de trabalho (GT) foi formado pelo MP e pela Defensoria Pública do Rio Grande do Sul com o objetivo de auxiliar as famílias atingidas. O GT contou com a participação do síndico e de representantes dos moradores, da Caixa Econômica Federal, da construtora Tenda, da imobiliária Guarida, da prefeitura de Porto Alegre.
Segundo o promotor de Justiça Cláudio Ari Mello, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Ordem Urbanística e Questões Fundiárias, todos envolvidos têm contribuído positivamente para a evolução das tratativas.
Uma das novidades foi anunciada recentemente: as seguradoras se prontificaram, após solicitação da Caixa Econômica Federal, em fazer a recuperação dos apartamentos danificados das três torres menos atingidas e a arcar com os custos de demolição e reconstrução do prédio onde houve a explosão - apesar da cobertura contemplar reparos, as companhias de seguro optaram por reconstruir a torre mais atingida (o que não estava previsto contratualmente) porque o custo para recuperação da estrutura danificada seria muito maior.