Quatro moradores do prédio de Porto Alegre onde houve explosão na madrugada desta quinta-feira (4) e dois bombeiros tiveram alta, no final da tarde, após serem atendidos no Hospital de Pronto Socorro. Dois permanecem internados em estado grave na UTI, segundo o Grupo Hospitalar Conceição (GHC).
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil seguiam atuando no condomínio Alto São Francisco, no bairro Rubem Berta, na Zona Norte, durante a noite. Na madrugada desta sexta-feira (5), apenas Brigada Militar estava no local. Houve também um reforço nas equipes da segurança privada do condomínio por conta do receio de furtos.
A hipótese inicial é de que a explosão na torre 10 do condomínio tenha sido provocada por uma válvula aberta, o que ocasionou o vazamento de gás no local. O Instituto Geral de Perícias (IGP) trabalha para identificar a causa do incidente.
Segundo os bombeiros, a estrutura do terceiro andar da torre 10 está comprometida, abrindo possibilidade para a queda da estrutura. Sete prédios do condomínio foram liberados após vistoria durante a tarde.
O IGP e dois peritos da construtora Tenda, responsável pelo empreendimento, estiveram no local fazendo análise. Os profissionais da construtora devem voltar nesta sexta-feira (5) para fazer uma vistoria mais ampla.
A reportagem teve acesso a áudios do síndico do condomínio, Marcelo Feijó, onde é relatada falta de gás no local há mais de 24 horas. Ele diz que nem todas as torres foram abastecidas pela empresa Consigaz, responsável pelo fornecimento serviço, e que cancelaria o contrato em caso de não fornecimento aos moradores. A reportagem tenta contato com a empresa, que não se manifestou.
Segundo o síndico, após a cobrança, a empresa esteve no condomínio para reabastecer as torres, na mesma noite em que houve a explosão. No momento, o serviço de gás do condomínio está desativado e deve seguir assim até a chegada de representantes da Consigaz.
Para auxiliar os moradores afetados, vizinhos se solidarizaram e doaram alimentos durante a tarde. A prefeitura disponibilizou um abrigo social para os atingidos. A maioria não tem para onde ir. Ao menos três famílias foram encaminhadas para pousadas públicas. Alguns moradores optaram por dormir no salão de festas do condomínio.