Canoas, na Região Metropolitana, decretou situação de emergência por conta dos danos causados pelos últimos temporais e pelas cheias dos rios dos Sinos e Gravataí. A decisão foi publicado no Diário Oficial da última quarta-feira (22). A medida tem validade de 180 dias.
Segundo a prefeitura de Canoas, o decreto simplifica as contratações emergenciais necessárias, e possibilita que cidadãos afetados pelo desastre encaminhem a solicitação de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O processo não é imediato, e ainda depende da homologação do governo do Estado e do reconhecimento pelo governo Federal.
Conforme a Defesa Civil do município, cerca de 450 residências foram atingidas. Ao menos 1800 moradores de Canoas foram afetados. Na Praia do Paquetá, o Rio dos Sinos ultrapassou em 3m a cota de inundação.
Nesta sexta-feira (24), 173 pessoas estavam em abrigos ou em estruturas apoiadas pelo executivo municipal. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Thiago Wurth, localizada no bairro Mathias Velho, está abrigando 33 pessoas. Outros 63 moradores que foram removidos de residências estão abrigados na Paróquia Nossa Senhora da Conceição.
Moradores acampados na BR-448
Nem todos os moradores retirados de suas residências foram encaminhados para abrigos. Segundo a prefeitura de Canoas, 55 moradores estão acampados junto ao viaduto da BR-448, junto ao viaduto da Rua da Barca. Outras 22 pessoas estão acampadas às margens da rodovia, próximo da Praia do Paquetá.
Conforme o executivo municipal, os moradores não aceitam ir para abrigos por medo de furtos em suas residências. Dos pontos onde estão acampados, os moradores conseguem enxergar e cuidar de suas residências.
A prefeitura de Canoas alega que instalou banheiros químicos nos dois pontos, e que presta assistência nos dois locais.