A prefeitura de Porto Alegre informou neste sábado (30) que poderá reforçar as linhas operadas pela Carris com ônibus das empresas privadas na segunda-feira (2), quando está prevista a greve dos rodoviários. O motivo da paralisação é a privatização da companhia municipal, prevista para ocorrer no dia 2 de outubro.
Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, na sexta-feira (29), ficou acertado que 60% da frota irá operar durante a greve. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Adair da Silva, garante que a mobilização irá respeitar o acordo, sem obstruir a passagem dos coletivos e dos trabalhadores.
O secretário de Mobilidade de Porto Alegre, Adão de Castro, afirma que a prefeitura vai monitorar a paralisação na segunda-feira para minimizar o impacto sobre os passageiros que dependem de ônibus.
— Temos mantido um diálogo, uma mediação com o sindicato junto ao TRT-4. Neste processo, oferecemos a estabilidade de 12 meses para todos os funcionários da empresa. A proposta não foi aceita e ficou decidido pela paralisação. Fizemos uma nova mediação para manter no mínimo 60% (da frota). Trabalhamos para que o impacto seja minimizado — explica o secretário.
Na segunda-feira (2), no início da tarde, serão abertos os envelopes dos interessados na compra da Carris. Vencerá a disputa quem ofertar o maior valor a ser pago pela companhia, pelos seus terrenos e veículos, além das linhas de ônibus. O valor mínimo é de R$ 109,85 milhões.
Os rodoviários irão acompanhar a abertura dos envelopes para decidir sobre o rumo da greve. Uma nova audiência no TRT-4 será realizada na segunda, às 18h.