A prefeitura de Porto Alegre determinou, nesta quarta-feira (6), a interdição preventiva de toda a extensão da ciclovia da Avenida Ipiranga, desde a Borges de Medeiros até a Antônio de Carvalho. A decisão foi tomada após uma reunião entre o prefeito Sebastião Melo, secretários e técnicos do Executivo.
A definição vem depois do bloqueio de dois pontos da ciclovia nos últimos dias: na segunda (4), o trecho próximo à Avenida Silva Só foi fechado devido à queda de parte do talude do Arroio Dilúvio; na terça-feira (5), foi isolado um espaço na altura do número 6.111, nas proximidades da PUCRS. Outro trecho, próximo ao Planetário, está bloqueado desde julho.
— O Estado vive uma crise dramática em decorrência dos episódios climáticos. Nossa preocupação primordial é resguardar a segurança da população e, neste caso, dos usuários da ciclovia — afirmou Melo.
Conforme comunicado da prefeitura, o objetivo da interdição é garantir a segurança viária e avaliar os impactos das chuvas nos taludes do Dilúvio. Além disso, será realizado um estudo com o diagnóstico estrutural das seções críticas dos taludes que percorrem a avenida.
De acordo com o Executivo, existe a possibilidade de que trechos da ciclovia sejam liberados, aos poucos, conforme sejam verificadas as condições de utilização.
— A partir de agora, faremos uma inspeção em toda a ciclovia, e nossas equipes farão a sinalização dos pontos e ajustes para que eles tenham o espaço adequado para utilizar a bicicleta de forma segura e sem grandes prejuízos — explicou o secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior.
Como alternativa, a prefeitura liberou, em caráter de emergência, que os ciclistas usem as vias adjacentes, como Marcílio Dias, Princesa Isabel, São Manoel e Felipe de Oliveira, no bordo da via, ou na Avenida Ipiranga, junto ao passeio compartilhado com pedestres. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) fará a fiscalização.