Localizado na Rua dos Andradas, no Centro Histórico, o novo centro cultural da Caixa Econômica Federal funcionará onde ficava o antigo Cine Imperial, um dos mais longevos cinemas de calçada de Porto Alegre. O prédio, construído em 1931, estava fechado desde 2005, quando o Imperial foi desativado. Os trabalhos de restauração se iniciaram em 2009, mas foram interrompidos mais de uma vez por problemas estruturais. As obras foram retomadas definitivamente em julho deste ano.
A empresa Enclimar foi contratada pela Caixa para realizar o serviço. O contrato da revitalização tem duração de dois anos. Para realizar a restauração, a empresa irá receber R$ 18,54 milhões.
Os custos serão arcados pela Caixa, que poderá usar parte da área pelo prazo de 30 anos. O projeto Caixa Cultural funcionará nos três primeiros andares. Será construído um cine-teatro com 650 lugares — capacidade semelhante à do Theatro São Pedro —, além de salas para exposições e um miniauditório.
Os outros oito andares serão ocupados pela prefeitura, que está definindo o que irá se transferir para o prédio em frente à Praça da Alfândega. A Secretaria Municipal da Cultura — que hoje está no Paço Municipal — é uma das que deve preparar a mudança.
Projeto Caixa Cultural
Com sedes em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e, em breve, em Porto Alegre, o intuito do projeto Caixa Cultural é fomentar a arte brasileira. Com uma programação gratuita ou a preços acessíveis, a Caixa proporciona acesso a diversas manifestações culturais.
A instituição também preserva e divulga um acervo artístico composto por quase 2 mil obras de artistas brasileiros, entre pinturas, esculturas, gravuras, desenhos e fotografia.
Sedes da Caixa Cultural
- Brasília — inaugurada em 1980
- Curitiba — inaugurada em 2004
- Fortaleza — inaugurada em 2012
- Recife — inaugurada em 2012
- Rio de Janeiro — inaugurada em 1987
- Salvador — inaugurada em 1999
- São Paulo — inaugurada em 1989
História do Cine Imperial
O edifício, de 1931, foi um dos primeiros arranha-céus da cidade. Ele era ladeado por casarios, que foram derrubados e deram lugar, nos últimos anos da década de 1930, ao edifício do Clube do Comércio.
O cinema tinha 1.632 lugares, "garantia boa visibilidade em qualquer ponto da sala e foi palco de grandes espetáculos". É um dos grandes exemplares da art déco no Brasil. Passou por duas reformas, em 1960 e 1987, quando foi inaugurado o Cinema Guarani, e, em abril de 2004 foi tombado como patrimônio histórico municipal.