Foi encerrada nesta segunda-feira (3) a greve dos ônibus que atendem municípios da Região Metropolitana como Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Glorinha, Gravataí, Nova Santa Rita e Viamão. A reinvindicação dos rodoviários era reajuste salarial de 6%.
Desde a quinta-feira (29), os ônibus estavam funcionando com 50% da frota nos horários considerados de pico — das 5h30min às 9h e das 16h30min às 19h — e 30% no restante do dia.
Em reunião com o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana (SindiMetropolitano) no fim da manhã desta segunda-feira, o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Rio Grande do Sul (Setergs) apresentou proposta que atende ao pedido de 6% de reajuste, sendo metade retroativa a junho e a outra metade em agosto.
A proposta foi aceita pelo SindiMetropolitano. De acordo com a entidade, o fluxo deve normalizar nas próximas horas.
Nas redes sociais, o vice-governador Gabriel Souza confirmou a autorização do subsídio às empresas do transporte metropolitano e afirmou que o recurso já foi liberado pela Secretaria Estadual da Fazenda.
"Com o pagamento já realizado, esperamos que a greve dos rodoviários seja encerrada ainda nesta segunda-feira e o serviço normalizado, sem mais prejuízos aos usuários", escreveu.
Três dias de transtorno
A greve dos rodoviários do transporte metropolitano causou transtornos para moradores da Grande Porto Alegre desde quinta-feira (29) — as entidades contam como sendo três dias de greve por não incluir o fim de semana.
Na manhã desta segunda, passageiros lotavam paradas de ônibus. A paralisação afetava os usuários das empresas Soul, Sogil, Transcal, Consórcio de Transportes Nova Santa Rita e Empresa de Transportes Coletivos Viamão.
Em Cachoeirinha e Gravataí, em algumas paradas, o tempo de espera para a chegada do coletivo chegava a 30 minutos, segundo relatos de usuários.
Em Cachoeirinha, algumas linhas da empresa Transcal estavam operando apenas via Avenida Assis Brasil, em Porto Alegre, o que provocava aumento no volume de passageiros.
Na cidade vizinha, Gravataí, nas paradas 58, 59 e 60, alguns ônibus nem paravam, pois já chegavam lotados. Viamão, na parada 47, também havia o registro de uma longa fila.