Funcionários do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) efetuaram, nesta segunda-feira (8), uma operação de rotina na área da orla do Guaíba. A limpeza diária que conta com cerca de 14 garis, também removeu o acúmulo da vegetação aquática ao longo da Orla, que chamou a atenção da população nas últimas semanas.
Desde o fim de semana, moradores de diversos bairros da Capital têm relatado alterações no gosto e cheiro da água. No entanto, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) explicou que os aguapés acumulados, principalmente na Orla, não influenciam no gosto da água, já que os pontos de captação estão a cerca de quatro quilômetros para dentro do Guaíba.
Segundo o Dmae, os aguapés só influenciam no tratamento da água se estiverem localizados próximos aos pontos de captação de água. O órgão também afirma que a presença da vegetação aquática no Guaíba neste momento pode ocorrer em razão das chuvas dos últimos dias, através do arraste, vindo de afluentes como o Rio Gravataí.
O Dmae garante que, no momento, os aguapés não causam impacto no tratamento nem influenciam no gosto e odor da água.
Procurado por GZH, o DMLU informou que a retirada dos aguapés, foi "só uma retirada do excesso da margem", e "não uma operação especial no lago".
Aguapé
O aguapé, ou Eichhornia crassipes, é uma planta aquática flutuante apreciada por sua beleza, mas em determinadas condições de superpopulação pode tornar-se um problema para reservatórios, rios ou lagos naturais.
Com caule ereto e altura de até 50 cm, o aguapé tem folhas grandes, redondas e brilhantes. Suas raízes são filamentosas, em forma de cabeleira, podendo atingir até um metro de comprimento. Os pecíolos da planta são preenchidos com cavidades de ar, permitindo sua flutuação, e seu índice de proliferação é bastante elevado.