Cavaletes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) isolam, desde sexta-feira (28), a calçada na esquina das ruas Riachuelo e Dr. Flores, no Centro Histórico de Porto Alegre, junto ao prédio onde funcionou a Confeitaria Rocco. A medida, para garantir a segurança de pedestres, foi solicitada pela Procuradoria-Geral do Município (PGM).
De acordo com a PGM, laudo da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) apontou que alguns elementos da fachada da construção histórica estão deteriorados. Há, por exemplo, pontos com ferragem exposta e alguns dos ornamentos frouxos.
Para evitar o risco de queda em algum pedestre, o órgão encaminhou pedido à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) para isolar o trecho.
O edifício da Confeitaria Rocco, inaugurado em 1912, é objeto de uma Ação Civil Pública. Agora, a SMC fará o projeto de uma melhor proteção para a fachada do local. Até lá, o ponto seguirá com os cavaletes.
O prédio histórico
Conforme a prefeitura de Porto Alegre, a história do edifício começou com Nicolau Rocco (1861-1932) — natural da Itália e antigo funcionário da famosa confeitaria "El Molino", de Buenos Aires —, que em 1892 fundou a Confeitaria Sul-América na capital gaúcha. Em 1910, ele mandou construir o prédio da Confeitaria Rocco.
O projeto, em estilo eclético, foi elaborado pelo arquiteto e construtor Salvador Lambertini, que morreu em 1911. A obra então foi concluída por Manuel Itaqui Barbosa Assunpção, sendo inaugurada em 20 de setembro de 1912.
Foi tombada pela prefeitura em 1997.