Uma nova etapa das obras para revitalização do chamado Quadrilátero Central provocará o bloqueio no trânsito de veículos na Rua Marechal Floriano Peixoto, no centro de Porto Alegre, pelos próximos 90 dias. O fechamento, que ocorre no trecho entre a Av. Senador Salgado Filho e a Rua dos Andradas, teve início no final da tarde desta segunda-feira (10).
O espaço bloqueado terá circulação exclusivamente de pedestres. O acesso para a Rua General Vitorino será restrito a moradores e comerciantes estabelecidos e poderá ocorrer pela Rua Vigário José Inácio.
Na tarde desta segunda-feira, equipamentos de sinalização e materiais de construção já compunham um novo cenário no ambiente. De acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), intervenções envolvem nivelamento do passeio e nova pavimentação das calçadas, incluindo piso tátil e canaletas em monobloco de concreto para escoamento da água da chuva.
A benfeitoria segue o modelo que já está sendo aplicado e pode observado na Rua General Vitorino, no mesmo eixo de circulação. A expectativa pela qualificação dos espaços se divide com queixas dos comerciantes da área com os bloqueios e a diminuição na circulação de pessoas.
— A gente sabe que vai ficar legal, mas a demora tem trazido preocupações. São menos pessoas circulando e isso significa menos clientes comprando — aponta a empresária de vestuário Carla Stragliotto, 52 anos.
Empreendedoras em uma pequena lancheria há seis meses, Letícia Gonçalves, 40 anos, e Patrícia Flores, 50, esperam que os negócios prosperem com a conclusão das obras.
— Para vendermos mais lanches, precisamos que a calçada esteja em condição de passar mais gente. É uma espera que parece não ter fim — desabafa Letícia.
Conforme o secretário da Smoi, André Flores, há um esforço da administração para minimizar os impactos decorrentes do projeto, o que justifica, segundo ele, a opção de realizar as obras à noite, permitindo circulação parcial durante o dia.
— A cidade não para. Não podemos fechar as ruas por tanto tempo, porque as pessoas continuam circulando por ali. O principal objetivo é melhorar a caminhabilidade e a infraestrutura do centro — argumenta o secretário.