Vistoria analisou, na manhã desta quarta-feira (8), o leito e as margens do Rio Gravataí para começar a executar a limpeza da camada de lixo que cobre a superfície. Representantes das prefeituras de Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada e Porto Alegre acompanham o trabalho no local. Foram utilizados um barco a remo e dois drones para obter imagens e amostras da situação.
O lixo, que forma camada de aproximadamente 40 centímetros de grossura na superfície, impediu que a embarcação da Corsan adentrasse o perímetro. Animais mortos boiando pioravam o cheiro no local. Foi possível detectar, ainda assim, que a profundidade do rio no entorno da ilha de lixo é de entre dois a quatro metros.
Entre as hipóteses ventiladas está o uso de retroescavadeira. O peso e dimensão física do equipamento, no entanto, exige que uma porção de terra na margem tenha uma determinada estabilidade e posição em relação ao leito, o que será avaliado por especialistas antes de ser a alternativa escolhida. Outra possibilidade é o uso de barcos de pesca com redes que retirem, de maneira mais próxima, porém menos volumosa, os detritos de dentro da água.
Em um segundo momento, há a ideia de instalar barreiras físicas para impedir a chegada de lixo neste ponto do Rio Gravataí, a chamada “barreira ecológica”. Ao mesmo tempo, seria retirada areia e outros materiais que estejam diminuindo a profundidade no rio, em chamado de desassoreamento, para aumentar o fluxo de água.
A Defesa Civil de Cachoeirinha afirma que vai entrar em contato com a Petrobras. A ideia é pedir emprestadas boias utilizadas para conter óleo em vazamentos na água. A ideia é posicionar próximo de pontes, onde o Rio Gravataí deságua no Guaíba, para evitar que o lixo siga caminho até o leito da Capital.
Até a publicação desta matéria, ainda não havia um método ou prazo estipulado para o começo das ações.