Após ter os cabos de energia furtados no início do mês de setembro e estar às escuras desde então, a diretoria da Escola Estadual de Educação Básica Presidente Roosevelt, localizada no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, participará nesta quarta-feira (21), às 16h, de uma reunião com a 1 ª Coordenadoria Regional de Educação e com o Conselho de Pais e Mestres da escola para tratar de melhorias na segurança do local.
Enquanto isso, alunos seguem divididos em aulas presenciais e remotas. Alunos do primeiro ao quinto ano estão com aulas presenciais com horários reduzidos. No turno da manhã, as aulas ocorrem entre 8h e 11h e, no turno da tarde, das 13h30min às 16h30min. Já os alunos do sexto ao nono ano estão com atividades remotas.
Dias após o furto dos cabos, a escola segue contabilizando os prejuízos. Os assaltantes levaram também três câmeras fotográficas, uma filmadora, um notebook e uma roçadeira de jardim. Para o diretor Márcio de Freitas, a insegurança agora é que os crimes voltem a acontecer.
— Vamos fazer a obra e a escola vai continuar insegura do mesmo jeito que já é? — questiona o diretor.
Para garantir a segurança de alunos, profissionais e da estrutura do local, Freitas solicitou a implementação de vigilância privada, a ampliação do programa PM Residente — hoje a escola conta com um policial militar e pede mais dois — e podas das árvores por onde se suspeita que os assaltantes tenham entrado na escola.
Para agilizar a reposição dos 240 metros de cabos de cobre que foram furtados e retomar a energia, será utilizada verba própria da escola, que estava sendo guardada para a troca do telhado que está desgastado e com goteiras.
Três empresas já encaminharam a documentação para participar do processo de licitação que deve ocorrer na próxima semana. A escola tem três orçamentos em que os valores variam entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, estando acima da expectativa da direção.
— É um valor que não estávamos prevendo gastar, mas não podemos pedir suplementação de verba para o governo se temos em caixa. Usaremos basicamente todo o valor que foi guardado para o conserto do telhado. Mas entendemos que, só assim, o processo será realizado com agilidade — explica Freitas.
O diretor explicou que, em conversa com as empresas, foi constatado que a obra deve ser rápida e durar poucos dias. Porém, conseguir os cabos de cobre, que são grandes e pesados, é o mais demorado, pois eles precisam ser encomendados.
— Supondo que tudo dê certo, é difícil entrar outubro com tudo ligado — ressalta o diretor.
Acesso por casa abandonada
Uma casa abandonada, fechada e que hoje virou depósito está localizada no pátio da Escola Estadual Presidente Roosevelt. Ao lado, há duas grandes árvores que caíram durante um temporal e estão com a poda pela metade. Atrás da casa, árvores que estão na divisa do muro para a rua podem ser uma porta de acesso aos assaltantes. É uma área em completo desuso pela escola.
Segundo Freitas, há a desconfiança de que os assaltantes envolvidos no furto de cabos tenham entrado na escola pelo local onde está esta casa, usando-a como refúgio para se esconder.
— Não podemos demolir a casa pois ela é patrimônio da escola. Outro requerimento que fizemos, inclusive, é para deixar ela pronta para virem mais dois PMs Residentes. Este local fica completamente escondido e dá acesso total à escola. Por isso, queremos a segurança privada e mais policiais militares para compor nosso quadro de segurança — explica.
O corte e a retirada das árvores caídas com o temporal estava sendo realizada com a mesma verba reservada para o telhado. Com a despesa inesperada, este serviço também teve de ser interrompido. Segundo o diretor, após o restabelecimento da energia, será solicitada junto ao governo uma verba extra do Projeto Agiliza Educação para dar continuidade ao conserto do telhado e demais manutenções da escola.