O Mercado Público de Porto Alegre começou a receber, nesta terça-feira (22), os preparativos para a restauração da fachada, que, depois de efetuada, dará lugar a uma nova pintura das paredes externas. Essa primeira de três fases de obras deve dificultar o acesso às lojas que ficam no térreo na Avenida Julio de Castilhos, a começar pelas que ficam mais próximas da esquina com a Avenida Borges de Medeiros.
Por dentro, as novidades são duas escadas rolantes no lado da esquina mais próxima ao Paço Municipal e a troca dos elevadores. Ao lado da banca de número 40 já é possível encontrar as caixas com peças de ambas estruturas.
As paredes internas do segundo piso, no lado mais próximo do Guaíba, já foram pintadas. Por fora, daqui a 15 a 30 dias devem terminar os reparos preparatórios para a pintura no tom amarelo original, que também exigem lavagem, instalação de andaimes, montagem de tapumes para evitar a aproximação de pedestres e o conserto de pequenos detalhes para a aplicação da tinta. A expectativa da prefeitura é que os trabalhos levem sete meses para serem concluídos.
Será investido R$ 1,02 milhão pela prefeitura e utilizados cerca de 2 mil litros de tinta pela Rumo Engenharia, empresa responsável pelo restauro do prédio, inaugurado em 1869. Segundo o Executivo municipal, essa quantidade do produto, de coloração amarela exclusiva para o Mercado, foi doada pela Suvinil. A última reforma da estrutura ocorreu entre 2014 e 2016, recuperando os danos causados pelo incêndio em julho de 2013.
Recentemente, o Largo Glênio Peres, ao lado do Mercado, recebeu novos deques para acomodação de clientes, e o chafariz está sendo preparado para operar novamente. Os movimentos, juntamente à reforma do segundo andar do centro comercial mais antigo da cidade, são uma tentativa da prefeitura de recuperar um ícone da região, especialmente tendo em vista a revitalização do Centro Histórico.
— O Mercado é um dos símbolos da Capital e a sua recuperação, um marco no processo de revitalização do Centro Histórico. No ano em que a cidade completa 250 anos, a comunidade voltará a usufruir do espaço na sua plenitude, contando com um ambiente mais moderno, seguro, dentro das normas de acessibilidade e alinhado às exigências dos órgãos de controle do patrimônio histórico e arquitetônico — afirmou o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer.